Holly Golightly
De repente sente um incômodo, no meio do dia, no meio de uma atividade de concentração. Limpando a caixa de emails, se depara com ele ali. Era um email antigo, daquele homem. Sente uma enorme saudade. Não pensa; pega o telefone, disca o número usual, e atende uma voz estranha. Até conversam por um tempo, mas não. Nada havia alí do que só aquele homem conseguiu lhe dar: conforto. Só ele tinha as palavras que vinham revestidas de um tecido felpudinho, fofo, envolvente. Arruma uma desculpa, desliga o telefone:
- Queria tanto encontrar aquele homem novamente!
Aquele email lembrou o que já nem fazia falta.Mas agora fez.
Em outro país, encontrou nele a melhor companhia de viagem. Se escreviam todos os dias. Foram 15 dias de distância, e 34 emails de muita proximidade.
Pensa em pedir para São Longuinho para encontrá-lo em alguma dimensão. Voltar no passado.
-Áh não!Esse negócio de voltar no passado é muito deprê! São Longuinho São Longuinho, me ajude a encontrá-lo no presente!
Sente-se feliz em desejar vê-lo. Sente-se feliz em sentir falta. O gelo vira água, e ela começa a sentir novamente.coisas que só ele faz, mesmo com um email antigo, esquecido.
- Coisas que só ele faz!
Pensa com tanto carinho.
- Onde quer que você esteja, ou envolto em quantas camadas de gelo seu coração esteja; obrigada!
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