Holly Golightly

Acordei das poucas horas que consegui dormir desejando muito andar de metrô. Aquela sensação sem compromisso de que as coisas passam por você e você não é responsável por nada daquilo...e passam rápido.
Hoje sou responsável por várias situações, e cá estou eu sem dormir tentando tomar decisões. Mas não se joga pessoas fora assim...tão rápido quanto o metrô passando.
E a esperança as vezes é uma pedra no sapato. Porque se não tivesse esperança tenho certeza que eu mesma seria o metrô, eu mesma passaria com velocidade e descompromisso. Eu mesma produziria aquela brisinha que a gente sente quando senta do lado da janela e pode abrir a janelinha (mesmo que por segundos, antes que seu vizinho te cutuque para você fechar).
Queria muito ter leveza, rapidez e um caminho trilhado, sabendo que é por ali que eu deveria andar. Teria 12 horas de sono por dia. Mas essa tal liberdade... posso até fazer curvas. Posso dar ré. Eu posso tudo e realmente não sei o que fazer com isso. Bom, acho que eu vou ter que dar uma volta de metrô. Não para descobrir nada, mas para sentir a brisinha, já que é domingo, e posso sentar sozinha, sem o vizinho para me cutucar.
1 Comments:
a brisinha mais delicada e mais linda é quando a gente que sopra, né?
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