Holly Golightly
Acredito no poder da expressão. É uma forma de existir, de uma emoção ou pensamento ganhar corpo, ganhar forma. Você pode fazer coisas deixarem de ser coisas, quer ver: Era uma vez uma ansiedade chamada Clara. Clara se chamava Clara porque era claramente uma ansiedade. Só usava roupas em tons pastéis e perturbava a sua dona com dores no peito e gastrites leves e moderadas.
Mas Clara também era útil, pois ela avisava quando as coisas não estavam bem, e quando era preciso chorar. Toda a vez que sua dona se dava conta da existência de outros sentimentos, Clara podia encolher (e dizem que ela encolhia molhada pelas lágrimas, como lã quando toma chuva) e ocupar menos espaço, apertando menos o peito e provocando menos acidez...
Sim, clara é real, vive dentro de mim e as vezes, me faz lembrar que outros sentimentos existem... como João Felipe, o menino medo que divide o quarto com Clara.
Ja a tristeza Antônia mora num quarto chamado peito, com a alegria chamada Ornela pink, um travesti...sim, quando eu estou muito feliz pareço um travesti, e desejo que tudo seja brilhante como porpurina!
E assim, as palavras permitem a humanização dos sentimentos... a personificação de várias partes de mim e consequentemente a minha proliferação...
Perigoso, não? A palavra tem poder!
3 Comments:
ai
monosilábica!
nao mais... ;)
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